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  • Tensões cinzas

    Ao longo da minha história como consultor e executivo em empresas multinacionais, tive a chance de ver muita coisa e entender um pouco das complexidades das relações entre heads e agentes. Nesse contexto, existe o que chamamos de Agency Theory, que é um conceito central nos estudos de administração e finanças, que oferece uma perspectiva interessante para entender essas relações, evidenciando os desafios e conflitos que surgem quando um agente é incumbido de agir no interesse de um head (principal). Ao longo do tempo, vi claramente como os executivos (agentes) e os acionistas (principais) podem ter seus interesses desalinhados. Vi, de cadeira cativa, as nuances dessas relações, o jeito cinza de tratar assuntos que deveriam ser brancos ou pretos, onde muitos executivos podem tomar decisões visando benefícios pessoais em detrimento dos interesses dos acionistas e da empresa. Essa dinâmica não é exclusiva das grandes corporações; nas empresas menores, os desafios da teoria da agência são igualmente perceptíveis, porém com algumas peculiaridades diferentes. Nas pequenas e médias empresas, a linha entre os executivos e os sócios muitas vezes se mistura, pois em muitos casos, eles são a mesma pessoa. Essa sobreposição de papéis pode levar a um alinhamento confuso de responsabilidades, onde as decisões empresariais são influenciadas tanto pela visão do executivo quanto pelo interesse do sócio. Esta dualidade pode complicar o alinhamento de objetivos e obscurecer a clareza nas tomadas de decisão, criando um terreno fértil para conflitos de interesse e decisões que podem não ser no melhor interesse da empresa como um todo. Ao enfrentar esses desafios em empresas de diferentes tamanhos, percebi que o que colabora para resolver essa questão é a transparência. Sabemos que promover uma comunicação aberta e honesta entre todas as partes envolvidas é essencial. Mas será que isso ocorre de verdade na maioria dos ambientes profissionais? Nas grandes corporações, a implementação de políticas claras e mecanismos de incentivo que alinham os interesses dos executivos com os dos acionistas, sem dúvida ajuda a minimizar os conflitos. Já em empresas menores, estabelecer limites claros e responsabilidades definidas entre as funções de sócio e executivo é crucial para evitar a mistura de decisões pessoais com as empresariais. Mas nem sempre os sócios/executivos estão preparados para ter essa conversa. Outra estratégia que acho bem eficaz é a implementação de sistemas de governança corporativa robustos, mesmo em pequenas empresas, para assegurar que haja uma supervisão adequada das decisões tomadas. A definição de metas claras, acompanhadas de um sistema de recompensas e penalidades, pode incentivar comportamentos alinhados com os melhores interesses da empresa. E sabendo realizar esse alinhamento, não se tem grandes custos e o resultado é uma empresa mais qualificada em seus processos, com gestores e executivos mais alinhados e uma governança que só colabora para deixar a empresa mais valiosa e mais reconhecida. Não desmereça esse assunto! Não ache que isso não é para você, ou que é algo que não se aplica à sua empresa. Esse pensamento pode ser a razão de muita coisa boa não estar acontecendo no seu ambiente de trabalho. Se precisar, peça ajuda! Artigo também publicado no LinkedIn. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Quarto Companheiro do Fracasso: Falta de Escassez

    Você já ouviu falar dos incas, maias e astecas, as civilizações antigas da América Central e do Sul? Eles habitavam regiões montanhosas e extremamente áridas, onde a sobrevivência não era fácil. E, no entanto, essas civilizações desenvolveram tecnologias e conhecimentos surpreendentes que até hoje intrigam historiadores e cientistas. Mas por que eles conseguiram isso? A resposta está na escassez de recursos naturais. 1. A Escassez como Mãe da Inovação As civilizações dos incas, maias e astecas enfrentaram um ambiente hostil. Eles viviam em regiões onde a agricultura era desafiadora, e a falta de recursos naturais era uma realidade diária. Mas foi essa escassez que os impulsionou a inovar e criar soluções engenhosas para sobreviver. 2. O Conhecimento dos Incas Os incas, por exemplo, construíram cidades incríveis nas montanhas dos Andes. Eles desenvolveram sistemas agrícolas em terraços que permitiam cultivar alimentos em altitudes elevadas. Eles também tinham conhecimentos avançados de engenharia civil, criando estradas e pontes impressionantes em um terreno acidentado. 3. A Complexidade da Matemática Maia Os maias, conhecidos por seu calendário preciso e suas realizações em matemática, desenvolveram sistemas complexos de contagem e medição. Eles usavam sua matemática para rastrear o tempo e os eventos astronômicos com precisão notável. 4. Os Astecas e suas Habilidades Agrícolas Os astecas, em meio à escassez de terras férteis, criaram jardins flutuantes conhecidos como "chinampas". Essas ilhas artificiais eram usadas para cultivar alimentos e flores, demonstrando sua habilidade em superar a falta de recursos naturais. 5. O Paralelo com as Startups Agora, traga essa lição para o mundo das startups. Startups que enfrentam desafios de recursos frequentemente se tornam mais inovadoras, mais ágeis e mais eficientes. A necessidade de reinventar e encontrar soluções criativas pode impulsionar a criatividade e o sucesso. 6. A Abundância Pode Levar à Comodidade Por outro lado, startups com recursos em excesso podem cair na armadilha da comodidade, assim como os nativos tropicais que tinham abundância de recursos naturais e um clima pouco desafiador. Isso fez com que não tivessem a necessidade de desenvolver técnicas avançadas como os povos da cordilheira e dos desertos. Ter tudo à disposição pode fazer com que se acomodem e deixem de buscar soluções inovadoras. 7. O Companheiro do Fracasso A falta de escassez de recursos, paradoxalmente, pode ser o terceiro "companheiro do fracasso" para as startups. Ela gera comodismo e acomodação, impedindo a busca constante por soluções inovadoras e eficazes. A escassez de recursos pode ser uma oportunidade para a criatividade florescer, enquanto a abundância pode exigir muita disciplina e governança de recursos para não gerar acomodação demasiada e acabar tolhendo a criatividade fundamental para as startups. Artigo também publicado no LinkedIn. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Terceiro Companheiro do Fracasso: Queima de Caixa versus o Crescimento

    Lembram da época em que as startups eram avaliadas principalmente com base em suas ideias inovadoras e potencial de crescimento explosivo? Bem, as coisas estão mudando. Hoje, mais do que nunca, o mantra "cash is king" se tornou a coisa mais falada entre os investidores e empreendedores. Vamos entender melhor essa mudança de paradigma e como a falta de gestão de caixa se tornou o terceiro "companheiro do fracasso." 1. A Matemática dos 40 Imagine uma startup que cresce a uma taxa impressionante de 60% ao ano. Parece impressionante, certo? Agora, se esse crescimento vier acompanhado de um um EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de -20% no ano, a matemática revela uma verdade: essa empresa pode estar no limite de sua viabilidade. A soma do crescimento anual (60%) e o resultado do EBITDA (-20%) é igual a 40 e esse é o valor limite encarado por alguns investidores ao analisarem os números das startups. Isso significa que uma startup com crescimento de 20% e EBITDA de 20% também está no seu limite perante investidores que usam essa métrica. A soma desse indicadores (crescimento e EBITDA) devem ser superiores a 40, portanto uma empresa com crescimento de 30% no ano e um EBITDA de 30% (resultado de 60) é um negócio que atrai muito mais investidores do que os cenários mencionados antes. 2. Caixa em Primeiro Lugar O antigo lema "o dinheiro segue a grande ideia" está sendo substituído pelo "o dinheiro segue a gestão financeira sólida". Os investidores não estão mais dispostos a financiar negócios que queimam dinheiro sem um plano claro de como se tornarão lucrativos. O caixa da sua startup é a almofada de segurança que garante sua sobrevivência, especialmente em tempos turbulentos. 3. O Desprezo pela Gestão de Caixa é um Erro Fatal O terceiro "companheiro do fracasso" é o desprezo pela gestão de caixa em favor do crescimento a qualquer custo. Não há dúvida de que o crescimento é importante, mas ele precisa ser sustentável. A queima de caixa desenfreada sem um plano estratégico sólido é um sinal vermelho para investidores e uma rota direta para o fracasso. 4. Compromisso com o Crescimento Sustentável Hoje, as startups precisam abraçar a gestão financeira com a mesma paixão que abraçam suas ideias inovadoras. É crucial manter um equilíbrio entre o crescimento e a gestão eficaz de caixa. O crescimento explosivo não deve ser alcançado às custas de uma empresa financeiramente não saudável. Ter acompanhamento de um financeiro robusto, ou até mesmo ter sócios com esse perfil administrativo financeiro é algo muito valioso e que deve ser perseguido por toda startup. Artigo também publicado no LinkedIn. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Segundo Companheiro do Fracasso: Ideias Brilhantes que Não Decolam

    Você já teve uma ideia genial que parecia revolucionar o mundo, mas acabou ficando apenas no papel? Acredite, você não está sozinho. Muitas mentes criativas enfrentam esse dilema: uma ideia brilhante, porém, sem mercado. Nesse artigo, quero explorar por que isso acontece e como você pode evitar esse obstáculo, que pode ser um dos companheiros do fracasso. 1. O Brilho da Inovação É incrível como a criatividade humana pode gerar inovações incríveis. No entanto, nem toda inovação tem aplicabilidade no mercado. Pergunte a si mesmo: Sua ideia resolve um problema real? Existe demanda por ela? Às vezes, a empolgação com a novidade pode ofuscar a necessidade real do mercado. 2. A Necessidade de um Mercado Alvo Você pode estar se perguntando: Como sei se há mercado para minha ideia? É aqui que entra o planejamento de negócios. Identificar seu mercado-alvo, entender suas necessidades e avaliar a concorrência são etapas cruciais. Se você não sabe quem vai comprar sua inovação, está navegando às cegas. 3. A Armadilha do "Legal, mas Não Necessário" Estive recentemente em duas grandes feiras de inovação na Europa, no entanto, fica claro que muitas delas não tem aplicabilidade no mundo dos negócios. Muitas ideias se enquadram na categoria do "legal, mas não necessário". São coisas que as pessoas podem achar interessantes, mas que não resolvem um problema premente ou não melhoram significativamente suas vidas. Certamente, é bom ter algo legal, mas sua startup precisa ir além disso. 4. O Plano de Negócios como Guia Para evitar a armadilha de uma ideia sem mercado, você precisa de um plano de negócios sólido. Esse plano será seu guia, ajudando-o a validar sua ideia, entender seu público-alvo, identificar a concorrência e definir uma estratégia de vendas. Um plano bem elaborado é como um mapa que o levará ao seu destino: o sucesso. 5. Faça as Perguntas Certas Então, antes de investir tempo e recursos em uma ideia brilhante, faça a si mesmo algumas perguntas cruciais: Quem precisa disso? Por quê? Como minha inovação resolve um problema real? Se você não tiver respostas claras e fundamentadas, é hora de voltar à prancheta. Lembre-se, o entusiasmo inicial é importante, mas uma startup de sucesso é construída sobre alicerces sólidos. Garanta que sua ideia brilhante tenha um mercado esperando por ela. Só assim você estará evitando mais um companheiro do fracasso. Artigo também publicado no LinkedIn. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Primeiro Companheiro do Fracasso: A Falta de Diversidade de Especialidades.

    Resolvi abordar o que eu chamo dos 4 Companheiros do Fracasso das Startups. Eles sempre andam juntos, e tem feito um estrago grande no mercado, sendo responsáveis por grande parte da mortalidade de negócios promissores. Nessa série de 4 artigos, vamos falar sobre eles. O primeiro deles é a falta da diversidade. Você já parou para pensar por que algumas startups florescem enquanto outras lutam para sobreviver? Por que algumas ideias brilhantes parecem não decolar, enquanto outras se transformam em empresas de sucesso? A resposta muitas vezes está na diversidade - não apenas na diversidade que costumamos ouvir falar em momentos que se fala tanto em ESG, mas também na diversidade de especialidades e de pensamento. 1. Uma Equipe de Fundadores Complementar Imagine uma startup fundada por um grupo de amigos com formação idêntica e experiência semelhante. Eles podem compartilhar afinidades, mas também podem compartilhar pontos cegos que passam despercebidos. Agora, considere uma startup com co-fundadores de diferentes especialidades: um engenheiro de software, um especialista em marketing, um designer e um estrategista de negócios. Cada um traz uma perspetiva única para a mesa, criando uma equipe mais resiliente e adaptável. 2. Pensamento Crítico e Inovação A diversidade de especialidades significa que você terá pessoas olhando para o problema de diferentes ângulos. Quando pessoas com formações diversas se reúnem, surgem ideias mais criativas e inovadoras. Questões complexas são abordadas de maneiras variadas, permitindo soluções mais eficazes e, muitas vezes, disruptivas. Você quer que sua startup seja mais do mesmo ou quer desafiar o status quo? Afinal, o princípio de uma startup não é construir algo inovador? 3. Minimizando Lacunas e Fraquezas Não importa o quão habilidosos sejam os fundadores, todos têm suas lacunas. Ter uma equipe com especialidades variadas ajuda a preencher essas lacunas de conhecimento e habilidade. Isso significa que sua startup está mais bem preparada para enfrentar obstáculos imprevistos e se adaptar às mudanças do mercado. 4. A Questão Além da Diversidade Óbvia Muitas vezes, quando falamos de diversidade, nos concentramos em fatores como gênero, raça e origem étnica. Essa diversidade é fundamental e deve ser buscada, mas não devemos esquecer a diversidade de pensamentos e de especialidades. Ela também é essencial para criar uma riqueza de pensamento e capacidades diferentes. Então, meu conselho é que antes de iniciar sua próxima aventura empreendedora, pergunte-se: Sua equipe de fundadores possui uma diversidade real de especialidades? Você tem uma equipe capaz de entender os princípios básicos da solução que sua empresa vai propor? Estão prontos para enfrentar desafios de diferentes ângulos? Se não, talvez seja hora de repensar e trazer perspetivas variadas para a mesa, com outros sócios ou empresas consultoras que ajudem a preencher essas lacunas. Lembre-se, a diversidade de especialidades pode ser o seu trunfo, mas a falta dela pode ser mais um "companheiro do fracasso". Artigo também publicado no LinkedIn. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Chefe, gestor ou líder? - Parte 2

    Dando continuidade no artigo escrito aqui nesse blog, sobre esse assunto que as vezes gera dúvidas e até polêmicas. Um tempo atrás eu escrevi um artigo aqui nesse blog, entitulado "Chefe, gestor ou líder?". Resolvi falar um pouco mais sobre esse tema. Gosto muito de analogias, pois elas facilitam o entendimento de assuntos mais complexos. Nesse assunto específico de definição sobre Chefes, Gestores e Líderes, podemos fazer uma analogia com um time de futebol. Imagine uma equipe de futebol. O chefe seria como o árbitro, responsável por fazer cumprir as regras e decidir o que é certo e errado. O gestor seria como o técnico, responsável por organizar a equipe, definir estratégias e garantir que todos os jogadores estejam desempenhando bem suas funções. Já o líder seria como o capitão do time, aquele que inspira e motiva os jogadores, mostrando-lhes o caminho a seguir e guiando-os rumo à vitória. Assim como no futebol, cada papel tem uma função específica, mas para alcançar o sucesso, é preciso que os três trabalhem juntos em harmonia. O chefe deve garantir que as regras sejam cumpridas, mas sem esquecer de motivar a equipe. O gestor deve organizar o trabalho, mas sem perder de vista a importância de inspirar e motivar os colaboradores. Já o líder deve guiar e motivar, mas sem deixar de lado a responsabilidade de manter a equipe alinhada aos objetivos da organização. Nessa linha, a empresa também precisa de um equilíbrio entre chefe, gestor e líder. Um bom chefe deve saber usar sua autoridade de forma justa e coerente. Um bom gestor deve saber administrar e gerir os recursos e a equipe de forma responsável. E um bom líder deve saber influenciar e motivar sua equipe para que todos trabalhem juntos em busca dos objetivos comuns. Ao buscar esse equilíbrio, não se trata apenas de ter um título ou cargo específico, mas sim de desempenhar cada papel com eficiência e eficácia. Então, não se trata de ser uma coisa ou outra, mas sim de ser um profissional completo, que saiba usar suas habilidades e competências de forma a maximizar os resultados da equipe e da empresa como um todo. Não se preocupe com rótulos ou títulos, mas sim em desenvolver as habilidades necessárias para ser um profissional completo. Seja um técnico, um capitão ou um árbitro em sua empresa, buscando sempre o equilíbrio e a excelência em tudo o que faz. E lembre-se, assim como um time de futebol, uma equipe de trabalho só alcança o sucesso quando todos trabalham juntos em busca de um objetivo comum. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Ecossistema de Growth

    Os negócios que mais crescem no mundo possuem um ecossistema de Growth. E o seu? Nos últimos anos, as startups têm se destacado por sua capacidade de crescer exponencialmente em pouco tempo. Muitas dessas empresas, como Uber, Airbnb e Whatsapp, alcançaram esse sucesso graças à adoção da metodologia de Growth. Infelizmente poucos empresários sabem o que é a metodologia de Growth, pois ainda é muito recipiente no Brasil. Então quanto antes você entender e colocar em prática mais oportunidades terá de surfar essa onda e ter um crescimento exponencial no seu negócio. Basicamente, o Growth é baseado essencialmente em testes constantes e experimentação para encontrar as melhores maneiras de adquirir, reter e monetizar clientes. As grandes startups que cresceram rapidamente adotaram essa metodologia e tinham uma equipe dedicada ao Growth utilizando dados e métricas para testar hipóteses e encontrar oportunidades de crescimento. O grande erro das empresas atualmente é testarem pouco, tirarem conclusões precipitadas e desenvolverem grandes projetos sem ao menos entender na percepção do cliente o quanto aquilo gerará valor. Além disso, perdem grandes oportunidades de crescimento por estarem presas em processos burocráticos e lentos. Um dos maiores cases de Growth é do Whatsapp que adotou que transformou a comunicação mundial com a sua solução. Inicialmente Jan Koum, fundador da empresa, criou o Whatsapp como uma lista de contatos que mostrasse o status de cada pessoa ao lado de seus nomes. E como o Whatsapp se tornou um gigante? Jan sabia que a sua maior oportunidade estava na escala, estava nas massas. E pra isso ele precisava tornar o Whatsapp de fácil acesso mesmo tendo parceria com a Apple. Então, eles projetaram o aplicativo não só pra smartphones, mas sim pra todos os celulares, até nos sistemas mais antigos. Depois de muitos testes, experimentos e otimização, eles entenderam que tinham oportunidade de crescimento oferecendo o envio das mensagens de forma mais barata do que o SMS que era pago naquela época. Depois de concluírem que isso gerava valor para o seu cliente eles expandiram a empresa, mais pessoas conheceram e indicaram o aplicativo para outros. Focaram na indicação do boca a boca. Com base nessa abordagem, o Whatsapp cresceu rapidamente, ganhando popularidade em todo o mundo. Esse é apenas um case de sucesso. Grandes empresas que cresceram rapidamente como Uber, Spotify, LinkedIn, Aibnb utilizaram a metodologia de Growth como peça fundamental para o sucesso permitindo que elas crescessem exponencialmente através de testes constantes e eficiência em marketing. As empresas que adotam essa abordagem são capazes de aprender com seus erros e fazer ajustes rapidamente, permitindo que elas se adaptem às necessidades de seus usuários e do mercado além de se tornarem rapidamente líderes em seus mercados. Giuliana Felix Growth | Performance | Product | Digital Marketing | Analytics | CRM | Digital Bank Lider Growth | Digital Bank | Payments Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • Startup ou Shutdown

    Nos últimos anos, temos testemunhado um verdadeiro "boom" de empresas chamadas de startups, que prometem revolucionar o mercado e crescer rapidamente. No entanto, muitas dessas empresas acabam não cumprindo a promessa e fazem exatamente o oposto, encerrando suas operações precocemente e deixando um rastro de fracasso e frustração para investidores e colaboradores. Um dos fatores mais contundentes para essa situação é o não respeito a governanças e o modo de pouco controle que se costuma ter nesses negócios. Talvez o maior problema que se tem verificado é a falta de gestão sobre o caixa dessas empresas. Enquanto a expressão "Cash is King" tem sido amplamente utilizada no mundo dos negócios para destacar a importância do gerenciamento financeiro, muitas startups têm ignorado essa lição fundamental e acabam em uma situação financeira apertada. Com o dinheiro acabando, muitas dessas empresas são forçadas a buscar novos aportes, diluir a participação dos investidores e a fazer cortes drásticos em seus planos de expansão, ou até mesmo fecharem suas portas ao não conseguir novas séries de investimento. Nesse cenário de falta de gestão, surge o termo shutdown, que é muito mais apropriado para descrever a situação dessas empresas do que o termo startups. Enquanto o termo startup sugere um início promissor, o termo shutdown destaca o fim prematuro e fracassado dessas empresas. Muitas startups se concentram em gastar dinheiro para crescer rapidamente, sem levar em consideração a importância de manter uma reserva financeira e garantir que o fluxo de caixa esteja sob controle. Como resultado, essas empresas muitas vezes se encontram em uma situação de caixa apertado e são mais direcionadas a serem shutdown do que startups. Outro fator que contribui para o shutdown destas empresas é a falta de experiência dos executivos. Muitas vezes, esses empreendedores têm ideias inovadoras, mas não sabem como executá-las de forma eficaz. Eles podem ser bons em marketing e vendas, mas não têm experiência em gerenciamento financeiro ou administração geral de negócios. Isso pode levar a erros de gestão e à incapacidade de manter a empresa funcionando por tempo suficiente para alcançar o sucesso. Enquanto muitos empreendedores criativos continuam a perseguir o sonho de criar o próximo unicórnio (empresas que valem mais de US$ 1 Bilhão), é importante lembrar que o sucesso a longo prazo depende de uma abordagem cuidadosa e consciente em relação ao gerenciamento financeiro e à administração geral de negócios. Se isso não for mudado, teremos cada vez mais empresas shutdown e cada vez menos startups. O mercado precisa ficar atento a isso, e regular os investimento baseado em planos de negócio claros e eficientes, conduzidos por profissionais capacitados e experientes. Não se pode mais apostar em ideias inovadoras que não tem capital humano e processo bem estabelecidos para que a inovação aconteça. Se você é um investidor, ou tem uma grande ideia que acha que pode se converter em um grande negócio, lembre dessa expressão "Cash is King" pois ela pode evitar que sua startup já nasça sendo uma shutdown. Artigo também publicado no LinkedIn. Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

  • É possível incrementar os resultados de campanhas de e-mail marketing?

    A resposta para isso é quase que óbvia: sim, é possível. Mas... como? E aqui vem a surpresa: basta fazer o básico bem-feito. Não é necessariamente complexo, mas certamente é trabalhoso. E os resultados compensam! Segundo diversas pesquisas, estudos, testes, experimentações, experiências e afins, o e-mail marketing é um instrumento de alta performance/ROI. Ótimo, eu concordo. Entretanto, ainda percebo certa dificuldade dos profissionais que estão à frente da gestão desse canal em extrair o máximo de resultados. E, muitas vezes, isso ocorre por desconhecimento ou menosprezo a certos detalhes. Independente do motivo, certos fatores básicos para garantir eficácia e eficiência do canal são essenciais para garantia dos melhores resultados. Vou tentar ajudar nisso. ✉️ ENDEREÇOS DE E-MAIL 1. Estabeleça validação de sintaxe dos endereços de e-mail dos destinatários. Dica: de preferência, atue nos canais de captura dessa informação, fazendo com que o endereço de e-mail entre corretamente no seu CRM! 2. Da mesma forma, estabeleça e execute com frequência a verificação de existência e de atividade dos endereços de e-mail dos destinatários. Dica: políticas de ação quanto a bounces (soft e hard) podem ajudar, e muito! 3. Garanta que os endereços de e-mail foram coletados de forma consciente, e com a devida permissão dos seus donos. Dica: se você não teve como garantir isso na coleta, você pode fazer isso agora... 4. Estabeleça E RESPEITE políticas de privacidade e de opt-out. Enviar e-mails para quem já deixou claro que não quer mais recebê-los é mortal! A dica aqui é aproveitar para aprender e evoluir: porque não querem mais receber seus e-mails? 📩 ENTREGABILIDADE E INBOX PLACEMENT 1. CUIDADO com conteúdo! Assuntos enganosos e/ou apelativos, bem como mensagens pouco relevantes podem ser considerados spam. 2. CUIDADO AINDA MAIOR com conteúdo que viola as políticas de spam ou que é considerado inapropriado, como pornografia, violência, discurso de ódio, entre outros - eles podem resultar em bloqueios e/ou marcações como spam. 3. EVITE USO EXCESSSIVO de imagens e links - uma imagem fala por mil palavras, mas dez imagens não multiplicam isso proporcionalmente! Saiba que o uso excessivo de imagens ou links também pode ser considerados spam. 4. VERIFIQUE CONSTANTEMENTE o domínio do endereço de e-mail usado como remetente: se estiver incluído em listas anti-spam, isso certamente afetará a entregabilidade. Dica: na dúvida, use e abuse de ferramentas conhecidas para as devidas validações. 5. PROVIDENCIE a devida configuração técnica das coisas: falta de autenticação SPF/DKIM e políticas DMARC podem ser fatais! Eu acho triste termos, ainda hoje, situações de desconhecimento de que os e-mails enviados não estão indo parar na caixa de entrada dos destinatários. Mais triste ainda é, como solução, confiar em pedidos aos destinatários para que eles "liberem" o domínio do remetente... É importante ter a cultura de uso de ferramentas e tecnologia a favor do canal, o que pode ser estabelecido por acompanhamento intenso de incessante dos indicadores corretos de performance. Dica: volume de e-mails enviados NÃO É indicador de performance... Adriano Pereira Apaixonado por Tecnologia, Marketing, Dados, Resultados e Pessoas Parceiro da AdvisorTips Publicação original que inspirou essa publicação encontra-se no LinkedIn

  • Dez maneiras de propiciar performance para sua equipe de desenvolvimento!

    Poucas pessoas percebem como exatamente a Inteligência Artificial é uma das ferramentas que podemos utilizar para alcançar performance - mas é preciso estar disposto a sair da zona de conforto e explorá-la de forma consciente e responsável. Já ouviu falar de pair programming? A Inteligência Artificial é uma área em constante evolução que tem revolucionado diversos setores, incluindo o desenvolvimento de software. Com sua capacidade de processar grandes quantidades de dados e tomar decisões baseadas em padrões, a IA está sendo cada vez mais utilizada para ajudar no desenvolvimento de soluções, especialmente em pair programming. Pair programming é uma técnica de desenvolvimento de software em que dois programadores trabalham juntos, compartilhando a responsabilidade de escrever código e solucionar problemas. Este método mostra-se eficaz para aumentar a qualidade e a velocidade de desenvolvimento de software. No entanto, a IA pode ajudar ainda mais, oferecendo novas formas de colaboração e melhorando a eficiência do processo. Uma das formas em que a IA pode ser utilizada no pair programming é através de assistentes de código. Estes assistentes podem ajudar os programadores a escrever código mais rapidamente, sugerindo completações de código e correções de erros. Além disso, eles também podem ajudar na identificação de padrões e tendências em dados, o que pode ser útil para a tomada de decisões sobre o projeto. Outra forma em que a IA pode ser utilizada é através de ferramentas de análise de código. Estas ferramentas podem ajudar a identificar problemas e padrões no código, o que pode ser útil para melhorar a qualidade e a facilidade de manutenção do software. Além disso, elas também podem ajudar a identificar pontos fracos no código, o que pode ser útil para prevenir futuros erros. A IA também pode ser utilizada para melhorar a colaboração entre programadores. Por exemplo, ela pode ser usada para criar uma plataforma de comunicação que permita aos programadores compartilhar informações e solucionar problemas de forma mais eficiente. Além disso, ela pode ser usada para criar uma plataforma de gerenciamento de projetos que permita aos programadores visualizar o progresso do projeto e tomar decisões mais informadas. Apenas para citar algumas formas de como a IA pode ajudar no pair programming e incrementar a performance de um time de desenvolvimento: Resposta rápida a perguntas de codificação Geração de código a partir de especificações Ajuda na revisão de código Sugestões de melhoria de performance Detecção e correção de erros de sintaxe Conselhos sobre boas práticas de codificação Ajuda na definição de estruturas de dados e algoritmos Solução de problemas técnicos Busca de documentação relevante Treinamento para o desenvolvimento de habilidades técnicas Em resumo, a incorporação da IA no pair programming pode ser a chave para alcançar novos patamares de qualidade e eficiência no desenvolvimento de soluções. É importante que as equipes de engenharia de software estejam atentas às possibilidades que a IA oferece e estejam dispostas a explorá-las para obter resultados ainda melhores. O futuro do pair programming é brilhante e a IA é uma peça-chave para o seu sucesso. Adriano Pereira Apaixonado por Tecnologia, Marketing, Dados, Resultados e Pessoas Parceiro da AdvisorTips Publicação original que inspirou essa publicação encontra-se no LinkedIn

  • Resistir é inútil, renda-se à IA!

    O mundo está evoluindo rapidamente, e resistir às mudanças que esse fato tem proporcionado é inútil. Renda-se, pois está mais do que na hora de aproveitar as oportunidades que os avanços tecnológicos propiciam. Vamos começar com uma rápida contextualização pessoal: lá se vão 40 anos desde o meu primeiro contato com computadores, em 1982. Tive a oportunidade de entrar no mundo da tecnologia bem cedo, quando tudo ainda era "desconectado"; o poder de processamento dos computadores era bem limitado: exemplo disso era que eu estava aprendendo a programar contando com parcos 2 Kbytes de memória RAM - para dar uma noção, isso equivale a pouco mais de 2.000 caracteres. Muita coisa mudou de lá para cá, e confesso que quase nada do que surgiu desde então foi, de fato, uma surpresa. Expansão da Internet, capacidade de armazenamento praticamente infinita e o computador de bolso... tudo era questão de quando, e não se. Obviamente, ninguém tinha uma bola de cristal, e muito menos a chance de visitar o futuro antes dele acontecer (sic). Mas eu cresci absorvendo conteúdos de autores com visões de futuro deslumbrantes - e nem sempre felizes: Isaac Asimov, HG Wells, Julio Verne, Carl Sagan e tantos outros. Então o se já era determinado, na minha visão. O que era indeterminado e, portanto, distante era o quando. Eu não sabia que estaria vivo para desfrutar os avanços tecnológicos que eram apresentados a mim como ficção científica! Essa foi a verdadeira surpresa: a VELOCIDADE com que as coisas aconteceram! E hoje? Bem, temos a realidade das inteligências artificiais acontecendo em larga escala. Previsível? Sim. Mas, nesse caso, o quando chegou a um absurdo estranhamente emocionante: a OpenAI (ChatGPT) trouxe para o nosso dia-a-dia aquilo que acredito ser o mais próximo de HAL 9000, o "computador" protagonista do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço" - um filme de 1968. 1968! Está claro que temos um grande marco sendo estabelecido nesse momento. E o espanto de todos frente ao que a OpenAI é de uma beleza indefinível - e olha que muito ainda está por vir. No entanto, essa realidade faz (quase) todo mundo partir para o debate comum: "mas quantos empregos a IA irá extinguir?". E nesse ponto, lembro de algumas palestras que tive a feliz oportunidade de assistir na edição 2017 do evento SXSW. Duas coisas marcantes que registrei: 1. Humanos já estão sendo substituídos há algum tempo em muitas atividades, e com méritos. O ritmo e intensidade disso serão mais acelerados de agora em diante. Recomendo os autores e o livro What To Do When Machines Do Everything. 2. Inúmeras novas oportunidades estão surgindo ou surgirão - nós, humanos, estamos sendo POTENCIALIZADOS. Nesse aspecto, recomendo a palestra Intelligence Augmentation - The Next-Gen AI, da Melanie Cook. Concluindo... Um grande amigo meu resumiu recentemente para mim sua percepção sobre o ChatGPT da seguinte forma: Cara, isso é o mais próximo daquilo que eu imaginava que seria um computador quando eu tinha dez anos de idade! Eu concordo. E tudo isso dá o que pensar: Estamos preparados para sermos substituídos por máquinas? Como sociedade, estamos preparados para aproveitar a hibridização de humanos e robôs? Nossos atuais modelos e métodos de educação e de ensino suportam esses avanços? Bônus: como experimentar a OpenAI? Estude, brinque, mostre aos amigos, aos colegas, aos familiares... enfim, aproxime-se dessa revolução. Eu GARANTO que você irá surpreender-se de uma forma encantadoramente positiva! Crie uma conta na OpenAI. Acesse o ChatGPT com o login criado, e pergunte qualquer coisa, sobre qualquer tema. A ferramenta compreende português, não precisa ser em inglês. Converse naturalmente, peça exemplos, detalhes, fatos. Admire. Acesse a DALL-E com o login criado. Peça para criar uma imagem. Um exemplo: "Uma arte 8 bits de um monstro peludo branco com chifres em um sala de cor púrpura". Admire. Adriano Pereira Apaixonado por Tecnologia, Marketing, Dados, Resultados e Pessoas Parceiro da AdvisorTips Publicação original no LinkedIn

  • Fusões e Aquisições - 6/6 - Integração

    Esta fase envolve uma série de desafios, como a fusão de culturas, a integração de sistemas e processos, a alocação de recursos e a combinação de equipes. Mas como fazer isso acontecer? Bem, é importante ter lideranças fortes e bem estabelecidas tanto na esfera estratégica quanto operacional. Eles irão liderar a integração e ajudar a garantir que tudo esteja funcionando sem problemas. Aqui estão alguns pontos importantes a serem considerados durante a fase de integração: Comunicação clara: é importante ter uma comunicação clara e aberta com todos os funcionários, fornecedores e outros stakeholders envolvidos na transação. Isso inclui explicar as motivações da transação e como ela afetará a empresa e seus funcionários. Integração de culturas: as diferenças de cultura podem ser um obstáculo para a integração bem-sucedida das empresas. É importante identificar e compreender essas diferenças e buscar soluções para superá-las. Integração de sistemas e processos: combinar sistemas e processos diferentes pode ser um desafio. É importante identificar e priorizar as áreas onde a integração é mais importante para o sucesso da transação. Alocação de recursos: é importante avaliar e alocar recursos, incluindo pessoal, finanças e tecnologia, de maneira eficiente para maximizar o valor da transação. Integração de equipes: combinar equipes de diferentes empresas pode ser desafiador, especialmente se houver diferenças culturais ou de liderança. Outros aspectos também são bem importantes. Por exemplo: Os sócios estão alinhados sobre o que querem alcançar com essa nova operação? O novo organograma será montado olhando quais critérios? A empresa conseguiu capturar as sinergias e benefícios da fusão ou aquisição durante o processo de integração? Enfim, essa fase de integração é a final e é tão importante quanto as demais para o sucesso de uma transação de M&A, requerendo uma abordagem cuidadosa e muito bem planejada. Existem transações que colocam tudo a perder por não dar a devida importância para esse momento. Então, siga com cuidado e estando muito bem assessorado nesse processo com um todo. < Artigo Anterior Rucelmar Reis C-Level | Board Member | Advisor | Mentor Sócio Fundador da AdvisorTips Essa publicação faz parte do website Advisor.Tips e é protegida por direitos autorais.

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