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Diversidade. Pra quem?

Atualizado: 6 de nov. de 2022


À primeira vista, um título destes pode parecer que o assunto é voltado a inclusão das chamadas minorias no mercado de trabalho, seja com a inclusão de pessoas com deficiência, classes sociais menos favorecidas ou com diferentes opções sexuais.

Neste momento eu gostaria de falar de algo diferente, que não passa por cotização ou o acesso a diferentes etnias no ambiente de trabalho.


Quero falar da construção de equipes vencedoras, baseadas nas características individuais de cada pessoa, que se bem usadas podem ajudar a atingir ótimos resultados, mas que se negligenciadas podem ser o principal fator de insucesso nas equipes.


Partimos do princípio que todos nós somos diferentes um dos outros. Temos idades diferentes, criações diferentes, experiências profissionais diferentes, etnias diferentes e temperamentos diferentes. Existem vertentes que dizem que não há como tratar todos na equipe da mesma maneira. Mas se tratarmos cada uma de uma forma diferenciada, não corremos o risco de aplicarmos pesos e medidas diferentes para as pessoas e termos problemas com a tão reivindicada isonomia? Este é o maior risco que os administradores e gestores correm ao tentar agradar a todos e acabam não agradando ninguém. É possível então ser flexível com cada pessoa e ao mesmo tempo aplicar a mesma medida a todos?


Apesar da necessidade de se respeitar a individualidade, sempre deve-se preservar o coletivo e os valores da empresa. Ou seja, o tratamento individual é válido desde que não prejudique a empresa e nem a equipe de trabalho. Qualquer privilégio individual, de quem quer que seja, poderá ser encarado como protecionismo e prejudicará a percepção positiva de toda a equipe. Quando houver necessidade de conceder um benefício individual, o gestor precisa ficar atento para que este benefício seja dado a quem tem merecimento e reconhecimento deste merecimento por toda a equipe.


Mas a capacidade de criação de uma equipe vencedora não passa apenas pelo respeito às individualidades e o gerenciamento da percepção coletiva. Estes princípios são apenas uma questão básica de manutenção da motivação e união da equipe. O segredo da criação de equipes vencedoras é a distribuição de atividades para cada pessoa da equipe, baseado naquilo que cada um sabe fazer de melhor, e naquilo que cada pessoa tem capacidade de geração de resultado, conforme as suas características pessoais.


Muito se reclama da incompetência de gestão de alguns líderes, ou da lentidão de alguns funcionários, ou ainda da falta de qualidade de algum trabalho feito por alguém da equipe, o que normalmente afeta todo o resultado da equipe e da empresa. Ter as pessoas certas nos lugares certos é a gestão mais complicada e mais importante para se criar equipes vencedoras.


Inúmeras vezes eu vi excelentes profissionais técnicos terem o seu reconhecimento através de uma promoção para gestão da equipe, e em muitos casos, estes mesmos profissionais que eram brilhantes em suas carreiras técnicas se mostraram incapazes em suas atividades de liderança. Pode parecer pesada esta avaliação da pessoa como incapaz, mas é a palavra correta para demonstrar o que realmente acontece nestes casos. A pessoa que passa por esta situação é na verdade uma vítima da falta de critério de quem decide quem irá exercer cada papel dentro da empresa. E por ser ignorante quanto ao que se exige de um líder, ou ignorante quanto às suas próprias características pessoais, passam a conviver com uma frustração enorme com o desenrolar negativo de sua incapacidade profissional. O erro está na escolha desta pessoa para ocupar uma função, que não é condizente com sua personalidade ou experiência profissional.


Se respeitarmos as características de cada um e sua capacidade de exercer as funções que mais se adequam a sua personalidade, daremos um grande passo a iniciarmos a montagem de uma equipe vencedora.


Mas ninguém nasce pronto e ninguém sabe de tudo. E por isto, é importante investir também naqueles que tem a capacidade e querem aprender. A capacitação profissional é fundamental para que quando as oportunidades surjam estas pessoas estejam na condição ideal para aceitar novos desafios. A diversidade de perfis e funções na equipe dá maior oportunidade de crescimento profissional. As pessoas podem ocupar novas funções e responsabilidades, sejam as já existentes ou novas funções que surjam como fruto da amplitude das capacidades da equipe. É isto que garantirá novas ideias, formas de inovação e a vantagem competitiva desta equipe.


Então em resumo, o segredo de equipes vencedoras passa por respeitar as individualidades, mas somente até o limite dos interesses da coletividade. De nada adianta ter uma equipe diversa se esta diversidade não está voltada a atingir resultados coletivos. Muito menos adianta ter valores coletivos que não estejam voltados a promover o crescimento individual de cada pessoa. É um círculo virtuoso que gera resultados cada vez mais positivos.

Na sua equipe, as pessoas certas estão nos lugares certos? Onde você trabalha o coletivo prevalece e se preocupa com a concretização de cada um dos sonhos individuais?

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