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Atualizado: 6 de nov. de 2022


Mas um outro problema acontece nas nossas relações, que é a comunicação as vezes não é entendida por uma das partes, ou na pior das hipótese por ambas as partes.


Pode-se imaginar que existindo o diálogo, a comunicação está garantida, mas isto nem sempre é verdade. Exemplo disto é a comunicação na internet, que possui uma linguagem própria entre seus usuários. Cada vez mais a comunicação é reinventada e novos linguajares são adotados. Com os “emoticons”, até o sentimento ficou mais fácil de expressar nas nossas comunicações escritas.

Mas será que é somente esta adaptação aos novos linguajares que precisamos fazer para sabermos nos comunicar? Será que não existem outras armadilhas que podemos cair no uso de nossa comunicação?

É claro que não basta só conhecer a linguagem, pois dependendo do recurso utilizado a forma de expressão vai ser diferente e pode não ser tão rica como a forma tradicional da conversa presencial. Um caso clássico disto é a frieza de comunicação dos e-mails. Esquecemos que este meio de comunicação é cada vez mais direto e mais impessoal, que torna a percepção muitas vezes incorreta de quem lê o texto. Como nos e-mails não existe a expressão facial ou a tonalidade da voz, muitas mensagens dão margem a interpretações errôneas e o emissor precisa antes de enviar a mensagem estar atendo a estas possibilidades de entendimento por parte do receptor. O uso de emoticons ou das “carinhas” ;o) representadas por caracteres ajudam no contexto, mas nem sempre é possível usar destes meios em e-mails mais formais. O melhor mesmo é saber usar corretamente as palavras para que não sejam mal interpretadas.

O importante de tudo isto é sabermos que a comunicação não é o que eu falo ou escrevo e sim o que é entendido por quem recebe a minha informação. Se esta preocupação for levada em conta a cada texto que escrevo ou conversa que tenho, já estarei dando um passo importante para uma boa comunicação.

Então é só isto? Não. Para complicar ainda mais, temos a comunicação em outros idiomas, que diante da globalização, passa a ser vital nos negócios e no entendimento do que acontece ao nosso redor. Mas nem sempre saber o idioma significa saber se comunicar de forma adequada. Isto vai desde o que é dito até os gestos usados. É muito comum que em culturas diferentes um sinal de positivo seja interpretado como uma ofensa, ou uma simples saudação não seja bem recebida.

Mas não precisamos ir tão longe, pois mesmo usando da mesma língua o regionalismo por si só já é capaz de gerar situações inusitadas. Vale aqui mencionar o caso de uma recepcionista que trabalhou comigo, que por ser Portuguesa viveu alguns casos engraçados ao chegar ao Brasil. Em sua primeira entrevista, o interlocutor ao perceber o sotaque dela perguntou se ela era “Catarina” e ela prontamente respondeu que não era e que na verdade o nome dela era “Carla”.

São situações assim que me fazem pensar o quão difícil é saber se comunicar e se fazer entender de forma correta.

Eu que vivo em um mundo de comunicação, sinto que o grande problema atual vivido nas empresas é justamente a falta de comunicação. O guru corporativo Peter Russell, chegou a dizer que atualmente cerca de 90% dos problemas das empresas giram em torno da comunicação (da ausência dela). E que a tendência para o próximo milênio é dessa porcentagem aumentar muito mais. Então o problema não é apenas pessoal e se estende em todas nossas esferas de interação, queiramos nós ou não.

Para vermos como as mensagens podem ser desastrosas, cito uma família nos Estados Unidos que estava querendo comprar um imóvel de veraneio na Alemanha, e se interessou por uma casa de um Pastor Alemão (pastor mesmo, e não a raça canina). Seguem as mensagens trocadas:

“Gentil Pastor:

Estamos interessados na sua propriedade, gostaríamos que nos informasse sobre um detalhe que nos passou despercebido e que não achamos nas informações enviadas. Poderia nos informar onde se fica W.C.?”

O Pastor não conhecia o significado da abreviatura W.C., mas julgando tratar-se da Capela denominada “White Chapel”, respondeu com o seguinte conteúdo:

“Prezado Senhor

Recebi sua dúvida e tenho o prazer de informar que fica a 12 km da casa, e é preferível levar o que comer já que aqui na região temos o costume de ficar o dia todo lá. Não se preocupem, pois há instalação de ar condicionado para evitar os inconvenientes da aglomeração. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos participam em coro. À entrada, é fornecida um jornal a cada pessoa. Tudo que se recolhe durante a cerimônia é para o fundo de nossa horta comunitária.

O Pastor”

Da próxima vez que você estiver escrevendo um e-mail, pense nisto… e comece a escrever textos à prova de idiotas, de forma que até você mesmo possa entender. 🙂

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