O mundo está evoluindo rapidamente, e resistir às mudanças que esse fato tem proporcionado é inútil. Renda-se, pois está mais do que na hora de aproveitar as oportunidades que os avanços tecnológicos propiciam.
Vamos começar com uma rápida contextualização pessoal: lá se vão 40 anos desde o meu primeiro contato com computadores, em 1982. Tive a oportunidade de entrar no mundo da tecnologia bem cedo, quando tudo ainda era "desconectado"; o poder de processamento dos computadores era bem limitado: exemplo disso era que eu estava aprendendo a programar contando com parcos 2 Kbytes de memória RAM - para dar uma noção, isso equivale a pouco mais de 2.000 caracteres.
Muita coisa mudou de lá para cá, e confesso que quase nada do que surgiu desde então foi, de fato, uma surpresa. Expansão da Internet, capacidade de armazenamento praticamente infinita e o computador de bolso... tudo era questão de quando, e não se.
Obviamente, ninguém tinha uma bola de cristal, e muito menos a chance de visitar o futuro antes dele acontecer (sic). Mas eu cresci absorvendo conteúdos de autores com visões de futuro deslumbrantes - e nem sempre felizes: Isaac Asimov, HG Wells, Julio Verne, Carl Sagan e tantos outros.
Então o se já era determinado, na minha visão. O que era indeterminado e, portanto, distante era o quando. Eu não sabia que estaria vivo para desfrutar os avanços tecnológicos que eram apresentados a mim como ficção científica!
Essa foi a verdadeira surpresa: a VELOCIDADE com que as coisas aconteceram!
E hoje? Bem, temos a realidade das inteligências artificiais acontecendo em larga escala. Previsível? Sim. Mas, nesse caso, o quando chegou a um absurdo estranhamente emocionante: a OpenAI (ChatGPT) trouxe para o nosso dia-a-dia aquilo que acredito ser o mais próximo de HAL 9000, o "computador" protagonista do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço" - um filme de 1968. 1968!
Está claro que temos um grande marco sendo estabelecido nesse momento. E o espanto de todos frente ao que a OpenAI é de uma beleza indefinível - e olha que muito ainda está por vir.
No entanto, essa realidade faz (quase) todo mundo partir para o debate comum: "mas quantos empregos a IA irá extinguir?". E nesse ponto, lembro de algumas palestras que tive a feliz oportunidade de assistir na edição 2017 do evento SXSW. Duas coisas marcantes que registrei:
1. Humanos já estão sendo substituídos há algum tempo em muitas atividades, e com méritos. O ritmo e intensidade disso serão mais acelerados de agora em diante. Recomendo os autores e o livro What To Do When Machines Do Everything.
2. Inúmeras novas oportunidades estão surgindo ou surgirão - nós, humanos, estamos sendo POTENCIALIZADOS. Nesse aspecto, recomendo a palestra Intelligence Augmentation - The Next-Gen AI, da Melanie Cook.
Concluindo...
Um grande amigo meu resumiu recentemente para mim sua percepção sobre o ChatGPT da seguinte forma:
Cara, isso é o mais próximo daquilo que eu imaginava que seria um computador quando eu tinha dez anos de idade!
Eu concordo. E tudo isso dá o que pensar:
Estamos preparados para sermos substituídos por máquinas?
Como sociedade, estamos preparados para aproveitar a hibridização de humanos e robôs?
Nossos atuais modelos e métodos de educação e de ensino suportam esses avanços?
Bônus: como experimentar a OpenAI?
Estude, brinque, mostre aos amigos, aos colegas, aos familiares... enfim, aproxime-se dessa revolução. Eu GARANTO que você irá surpreender-se de uma forma encantadoramente positiva!
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Acesse o ChatGPT com o login criado, e pergunte qualquer coisa, sobre qualquer tema. A ferramenta compreende português, não precisa ser em inglês. Converse naturalmente, peça exemplos, detalhes, fatos.
Admire.
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Peça para criar uma imagem. Um exemplo: "Uma arte 8 bits de um monstro peludo branco com chifres em um sala de cor púrpura".
Admire.
Adriano Pereira Apaixonado por Tecnologia, Marketing, Dados, Resultados e Pessoas Parceiro da AdvisorTips Publicação original no LinkedIn
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